Cine Teatro Gov. Miguel Arraes
É com muita honra e satisfação que a Administração “Araripe, o Melhor Lugar Para Se Viver”, através da sua Secretaria Municipal de Educação e Cultura, oferece a cada mês uma programação cultural diversificada no Cine Teatro Governador Miguel Arraes de Alencar.
Pensada para trazer entretenimento, informação e cultura através das linguagens da arte, essa programação é um marco inicial de uma série de programas culturais que visam promover o fortalecimento da identidade cultural da nossa cidade e nossa região.
O Cine Teatro Gov. Miguel Arraes de Alencar é um espaço de arte e cultura equipado para receber espetáculos nas áreas de cinema, música, artes cênicas, dança e literatura, com o objetivo de oferecer à comunidade o prazer de conhecer e apreciar a arte e a cultura, indispensáveis no desenvolvimento da sua cidadania. (PROGRAMAÇÃO DO MÊS)
Miguel Arraes de Alencar
Advogado, economista e notável líder político brasileiro nascido na cidade de Araripe, Sul do Estado do Ceará, fronteira com Pernambuco, três vezes governador de Pernambuco. Único homem e o caçula entre os sete filhos de Sr. José Almino Alencar e de Dona Maria Benigna Arraes, estudou no Ginásio Diocesano do Crato, a 22 quilômetros de sua cidade natal, tendo concluído o curso secundário na turma de Humanidades (1932). No ano seguinte prestou vestibular, foi aprovado e cursou o 1º ano de Direito na Faculdade Nacional do Rio de Janeiro, mas mudou-se em seguida para o Recife para se submeter a concurso de seleção de pessoal para o recém criado Instituto do Açúcar e do Álcool, o IAA, e continuar os estudos (1933). Como funcionário público, conclui o curso superior na Faculdade de Direito do Recife (1937). Foi nomeado (1943) Delegado Regional do IAA em Pernambuco e casou (1945) com Dona Célia de Souza Leão. Iniciou sua carreira política (1948) nomeado secretário estadual da Fazenda de Pernambuco, do governo Lima Sobrinho. Suplente de deputado estadual (1950) pelo PSD, foi eleito (1954) para a Assembléia Legislativa de Pernambuco, tornou-se secretário da Fazenda no governo Cid Sampaio e eleito prefeito do Recife (1959). A partir de então, a sua carreira política ganhou nova dimensão, levando-o a uma participação ativa e marcante em Pernambuco e no País, e que o consagrou como um dos líderes mais expressivos da esquerda brasileira. Viúvo (1961), ficou com oito filhos menores e voltou a casar (1962), então com Dona Magdalena Fiúza, com quem teve mais dois filhos. Eleito pela primeira vez governador de Pernambuco (1962), deu ênfase a ações voltadas para os trabalhadores rurais.
Deposto pelo golpe militar (1964), foi levado do Palácio do Governo direto para a prisão e perdeu todos os seus direitos políticos. Permaneceu onze meses preso na ilha de Fernando de Noronha, e após passar por várias prisões, foi libertado (1965), através de um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal. Exilou-se na Argélia por 14 anos e anistiado pelo governo brasileiro a todos os banidos pelo movimento militar, retornou ao Brasil (1979). Retomando suas atividades políticas filiou-se ao PMDB e foi eleito o deputado federal mais votado do Norte e Nordeste (1982). Quatro anos depois, derrotou José Múcio, do PFL e é novamente eleito governador de Pernambuco (1986). Enquanto governador foi um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro, o PSB, e como seu presidente nacional candidatou-se a deputado federal e foi o mais votado do Brasil (1990). Nas eleições seguintes (1994), foi eleito pela terceira vez governador de Pernambuco, contra seu opositor Gustavo Krause, do PFL. Desgastado e envelhecido tentou a reeleição para governador de Pernambuco, mas foi derrotado por Jarbas Vasconcelos (1988). Eleito deputado federal (2002), exercia o mandato quando começou a ter problemas de saúde. Durante sua última internação, contraiu várias infecções, foi submetido a uma traqueostomia e recebeu transfusão de sangue e chegou a passar por três sessões de hemodiálise. Internado na UTI do Hospital Esperança, no Recife, depois de quase dois meses morreu aos 88 anos, depois do agravamento de uma infecção hospitalar, deixando o Socialismo Brasileiro de luto. Velado com honras de chefe de Estado ao salão de entrada do Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, o corpo foi enterrado no Cemitério de Santo Amaro.